quinta-feira, 26 de julho de 2007

Chega de novas descobertas!

Descobertas novas nem sempre são benéficas. Ninguém quer descobrir, por exemplo, que o negócio da China, era, na verdade, do Paraguai. Ou que a pessoa que te deu o fora está namorando, ou ainda, que a pessoa que você está namorando, e você achava que te enrolava, fazendo você se passar por idiota, realmente te enrolava.

Esse tipo de descoberta é uma merda! Há gente, contudo, que acha que são libertadoras da ilusão! O caral*@#*!!!!!!De libertadoras, eu só quero saber do campeonato de futebol! O melhor é não ter entrado na ilusão, do que descobrir que era uma ilusão, ora pois!

Comer sardinha pensando ser salmão é o fim da burrice e cegueira. Acato sua opinião ao me dizer que há aqueles que sabem que comem sardinha, mas arrotam caviar... Eita! Mas desse time eu não faço parte e quero passar longe. Pior do que ser enrolado é enrolar-se a si próprio. Então o seu argumento não me ajuda muito.

Descobri que não quero descobrir mais nada nas relações afetivas. Tenho medo. Não quero deixar de ser testemunha para me tornar mais um dos exemplos.Vem a mente, milhões de exemplos... todos ruins... Eu sei que existem os bons... mas hoje eu só penso nos ruins. Também, tenho ouvido tantas histórias de pessoas sacanas, manipuladoras que seduzem, seduzem até fazer a sua "vítima" (afinal ser seduzido é bom) transformar-se em mais um número frio e inexpressivo da agenda telefônica... Há ainda aqueles que sustentam um relacionamento por anos, anos, anos, por pura conveniência, interesse... Se bem que no campo afetivo "interesse" sempre é uma via de pista dupla.

O fato é que tenho sido testemunha de vários casos, romances, namoros, casamentos e até amizades que chegam ao seu fim, desgastados. Ninguém quer mais perder tempo... É o tal da "fila tem que andar" (já falei sobre isso!). Resta a esperança de transformar o relacionamento desfeito em amizade (será mesmo possível?!!)... Ou, no caso da amizade, na cordialidade fria, própria de Brasília!

Tornar-se amigo de "ex" requer competência que poucos, muito poucos conseguem exibir (eu já aviso que sou exceção, pois consigo). E manter um relacionamento cordial com um amigo filho-da-pu**? Aí, nem eu consigo..ehehehe Em ambos os casos, são necessários uma certa dose de masoquismo... sei lá... abnegação, renúncia.. e amor... Sim, o amor verdadeiro. Não o escambo que apelidamos de amor. AMOR! Aquele descrito no Evangelho: "o amor cobre uma multidão de pecados"! Mas quem tem esse sentimento hoje em dia? Tá em falta no mercado das trocas fajutas. E como tudo é tão fajuto hoje em dia, que quase posso afirmar ser inexistente tal sentimento.

Recentemente gargalhei (de verdade) muito com uma frase que ouvi de um amigo querido ao citar uma outra amiga em comum (como não pedi autorização, tenho que manter o anonimato de ambos). A frase é curta:

"Lugar de ex é no inferno"

Pois é.... descobrir que "o" ou "a" ex está no inferno, principalmente da solidão, é um alívio que até transforma raiva em compreensão. A situação inverte-se, entretanto, quando descobre-se que o ex ou a ex está no paraíso... aí nem ebó é capaz de sarar a dor-de-cotovelo e a insanidade que se apossa de nós! ai, ai... O melhor é não saber. O melhor é não descobrir... deixar cair no esquecimento... E quem for amigo, de verdade, não venha contar! Deixa que caia um piedoso silêncio sobre o assunto...

Talvez seja essa a melhor solução... Relegar ao inferno, pelo menos do esquecimento, "os" ou "as" ex das nossas vidas. Ainda bebendo na fonte inspiradora do Evangelho: "Que os mortos enterrem os mortos"... Então que todos os ex se enterrem até o cabeça, não deixando nada de fora. Que sejam bem felizes, mas não muito e nem a vista.

Faça-se um trato entre todos os ex: leve a sua felicidade pra bem longe que eu tento não descobrir mais nada sobre você.

PS. O Tylenol PM (presente de uma amiga) tem me livrado da insônia...
No sonho me dizia:
"Não me culpe por estar vazio de você."

Eu não culpo.
É a poesia que lamenta.

(Jacinto Fabio Corrêa)