sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

A alegria de sonhar


Adoro sonhar. Desde muito e sempre. Quando narro meus sonhos, costumo ouvir que não são sonhos, mas sim uma produção cinematográfica tamanha precisão de imagens e sentimentos. A alegria do sonhar, contudo, não vem do sonho, mas sim do despertar. O sonho passa. A dor também.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

O mito do Ano Novo


É a hora da virada que não é virada e nem hora de nada. Apenas convenção, embora santa. Santa, porque sem essa convenção ninguém aguentaria seguir direto sem ter que refletir em algum momento o tempo transcorrido medido em acontecidos e não-acontecidos.


Eu todo ano me prometo fazer o balanço. Paro sempre no começo ou, em alguns anos, na metade.. mas nunca consegui ir a ter o final. Há quem diga que consegue. Há ainda aqueles (só podem ser loucos) que conseguem, inclusive, fazer lista do que vai fazer... aff!


Chego sentir inveja de quem consegue alimentar esses mitos do Ano Novo. Eu não consigo. A minha onda é tentar viver o agora. Neste exato momento. Tudo bem que as contas e as obrigações não nos dão muito espaço para isso... mas prometo tentar.


Aliás, diga-se: venho tentando desde o dia em que nasci. Não é fácil. De jeito algum, mas... mas.. mas... é importante tentar pelo menos. Assim, neste fictítico início, pego meu bloco de anotações, minha caneta bic azul e... jogo na lixeira debaixo do meu computador.


Nada de escritas. Nada de planos, nem projetos. Apenas um: "vou tentar!". Vou tentar viver intensamente o presente sem me preocupar com comparações do passado e muito menos projeções para o futuro. Vou tentar ser eu mesmo, ainda que isso seja mergulhar no caos.


O mais, são apenas, repito, apenas "sombras de árvores alheias" a nos perturbar e a nos impor padrões. E se há espaço, e deve haver, para a religiosidade em mim, quero continuar tentando neste novo ano a fazer todo o bem possível que puder fazer a mim e ao meu próximo.


Isso, a mim, me basta como promessas. Isso basta como religião. O mais não passa de comentários alheios sobre aquilo que de fato nos pertence. A nossa consciência. Feliz 2009 pra você e para mim! Feliz Ano velho Novo!

Promessas possíveis para 2009


Vou tentar!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O disse-me-disse


Estou eu aqui a pensar em meu próprio umbigo quando sou surpreendido por sua mensagem aflita. Diz você que está de "saco cheio" de ter os sentimentos por capacho de pés alheios.


Sua aflição salta em cada palavra e nas humildes e mal colocadas vírgulas. Narra um pequeno incidente onde me pergunta (pobre de mim alçado de hora para outra a conselheiro sentimental!) se estás ou não com a razão?


Vamos lá então.... hmmmm Razão é uma palavra muito ingrata dentro desse contexto. Entre amantes, quando um começa a querer ter propriedade do termo... acho que está na hora da tal DR (discutir a relação), porque ninguém nunca tem a razão na paixão.


Razão e paixão são antagonicas. Não combinam. Não se toleram nem para caminhar apenas de mãos dadas num parque qualquer da vida de relação dois-a-dois. Paixão é paixão. Razão é razão. Simples assim.


Lendo sua mensagem com carinho consigo perceber claramente que não é razão que você precisa e sim de respeito. Respeito pela sua paixão. Respeito pela sua razão. Respeito de quem e por quem você ama.


Respeito é o que me parece faltar entre vocês. Porque se você se ofende com o que o outro te diz que o incomoda; e o outro, na mesma medida, se incomoda com o que você diz que te incomoda na relação. O que falta é respeito mútuo pelas limitações de cada um. Como é possível estabelecer uma relação verdadeira assim?


Então, já que me pedes uma opinião, te digo. Não é razão que precisa e sim uma outra relação! Boa sorte!

Epitáfio possível

Amou sem nenhuma reserva.