domingo, 12 de outubro de 2008

O amor

"O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome." (João Cabral de Melo Neto)

Escrevi esse fragmento num post de um desconhecido que falava sobre o amor. A gente fala muito nesse sentimento. Pensa muito nele e o deseja muito ... mas ele chega de mansinho, quieto... Tímido, esconde-se, muitas vezes, atrás da deselegante e ruidosa paixão. Esperto, faz dela aliada e confunde os tolos (que somos quase todos nós).

Quando tento falar do amor caio no óbvio da ignorância... é melhor me calar e deixar que falem os poetas. Os mestres, os maiores nesta ciência...