segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O disse-me-disse


Estou eu aqui a pensar em meu próprio umbigo quando sou surpreendido por sua mensagem aflita. Diz você que está de "saco cheio" de ter os sentimentos por capacho de pés alheios.


Sua aflição salta em cada palavra e nas humildes e mal colocadas vírgulas. Narra um pequeno incidente onde me pergunta (pobre de mim alçado de hora para outra a conselheiro sentimental!) se estás ou não com a razão?


Vamos lá então.... hmmmm Razão é uma palavra muito ingrata dentro desse contexto. Entre amantes, quando um começa a querer ter propriedade do termo... acho que está na hora da tal DR (discutir a relação), porque ninguém nunca tem a razão na paixão.


Razão e paixão são antagonicas. Não combinam. Não se toleram nem para caminhar apenas de mãos dadas num parque qualquer da vida de relação dois-a-dois. Paixão é paixão. Razão é razão. Simples assim.


Lendo sua mensagem com carinho consigo perceber claramente que não é razão que você precisa e sim de respeito. Respeito pela sua paixão. Respeito pela sua razão. Respeito de quem e por quem você ama.


Respeito é o que me parece faltar entre vocês. Porque se você se ofende com o que o outro te diz que o incomoda; e o outro, na mesma medida, se incomoda com o que você diz que te incomoda na relação. O que falta é respeito mútuo pelas limitações de cada um. Como é possível estabelecer uma relação verdadeira assim?


Então, já que me pedes uma opinião, te digo. Não é razão que precisa e sim uma outra relação! Boa sorte!

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