Antes de sair do pretensioso restaurante a quilo onde acabara de almoçar, notei uma mesa enorme com uma senhora com seus aproximados 80 anos, sentada a cabeceira, rodeada, provavelmente, pelos filhos, noras, genros e netos. Todos bem vestidos, com certo status social.
Não pude deixar de pensar meio que tomado daquelas indignações cotidianas: "Isso aqui é lá lugar pra trazer a mãe para um almoço em família!?. Aposto que pagam mais de R$ 100 o prato no restaurante onde costumam levar a amante! Pra mãe, serve qualquer espelunca!". Mastigava em silêncio meu julgamento sumário, quando quase pensei em voz alta: "Mas afinal o quê que eu tenho com isso?".. rs. rs. Nada, nada, nada.
Sempre fico irritado em restaurantes a quilo. Esse, por exemplo, onde fui hoje, a comida é boa, mas o atendimento é péssimo. O lugar é um pouco sujo. As mesas não são limpas nem trocadas as toalhas. Os garçons não falam, ruminam. No caixa, as pessoas são um pouco mal educadas, quase grosseiras. Realmente é muito difícil imprimir um certo profissionalismo em negócios de família, como parece ser o caso desse estabelecimento.
Aí você me pergunta o que me fez comer lá. Primeiro, fica perto de casa. Segundo, tem uma variedade razoável de pratos quentes e saladas. Terceiro, estou em época de economias. E, por fim, sou um pouco masoquista... Lá vive cheio. O que indica que o padrão de exigência dos usuários é muito baixo ou o meu grau de chatice é muito alto. Aposto nas duas hipóteses!
O engraçado é eles oferecerem "cartão de fidelidade" (parece que virou moda aqui em Brasília esse tipo de coisa). Com orgulho, respondo que não tenho e nem quero ter. Afinal, um prato de comida grátis não vale (não vale mesmo) pagar 10 refeições naquele lugar! Foi a terceira vez que fui. Não vou mais. Eu sempre dou três chances a qualquer lugar que não gosto. Hoje foi a derradeira e, infelizmente, não mudei de opinião.
Nem adianta perguntar que eu não vou escrever o nome do restaurante. Fica no final da Asa Norte em frente ao setor hospitalar. Aliás, comer naquela região é uma tarefa difícil. Já tentei todos! Não salva nenhum. Quando a comida é razoável o atendimento é péssimo. Quando o atendimento é bom, a comida é abaixo da crítica. Aliás, não sei onde anda a vigilância sanitária nesta cidade....
Exceção para o restaurante "Sabor Vital". Tudo ali é feito com cuidado e carinho. Padrão altíssimo de qualidade. O lugar é tão limpo que não teria problemas em comer sentado no chão. O único pecado é o de ser natural. Ando em letígio com trigos, arroz, feijões e similares...
Entretanto, nem tudo está perdido para os "chatonildos" e duros como eu. Mesmo em épocas de vacas magras é possível encontrar boas e baratas opções pra se comer bem. Nesse sentido, a excelente notícia é a volta da Promoção do Visa . São 100 restaurantes da cidade que oferecem 50% de desconto. Vi a lista. Tem opções para todos os humores, inclusive o meu. Não vi nenhum restaurante a quilo. Isso já me alegrou.
Já escolhi onde vou almoçar sábado que vem. Só estou esperando rodar a data do meu cartão de crédito. Ser classe média é isso! Precisa esperar a melhor data de compra do cartão.... ai. ai... Ainda vou pro topo da pirâmide social. Pode aguardar!
sábado, 11 de agosto de 2007
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