segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Escolhas certas ou erradas, mas escolhas

A vida é feita de escolhas. A afirmação é óbvia, mas o resultado dessas escolhas quase nunca tem nada de óbvio, muito pelo contrário costuma surpreender.

Há quem faça escolhas tão "certas" aos olhos do senso comum, cujos resultados, entretanto, são desastrosos... e o inverso também é verdadeiro. Os casamentos são excelentes exemplos para as duas situações.

Há ainda escolhas que acabam nos levando diretamente, sem escalas, para os braços da fatalidade. Já há outras que nos livram delas... Os aviões não me deixam mentir. Saber é que são elas. Como saber a melhor escolha?

"Ouça o coração! Ele nunca se engana", há quem diga. hum! Balela. Conheço muita gente que vive se dando mal exatamente por ouvir o coração.... Não é isso. Ou pelo menos não é só isso e eu não tenho a menor idéia! Vivemos num imenso nevoeiro.

Acho que quase nunca saberemos. Acho ainda que nem devemos saber. O que devemos ter em mente que o poder de fazer escolhas é em si uma dádiva. Aí vem você e pergunta até que ponto
podemos escolher? De novo, não tenho a menor idéia.

Contudo, hoje é claro pra mim que a pior das escolhas é agir superestimando sua importância. Exemplo? Quando você escolhe sacrificar-se por alguém. Geralmente, esse alguém nem percebe e ainda te sacaneia, mesmo "sem querer".

Renúncia; sacrifícios; provas homéricas de fidelidade, amizade e companherismo; braços e corações abertos as lágrimas alheias, são muito bons para nos deixar em paz conosco, porque os alvos de atos tão nobres costumam ser de uma indiferença e insensibilidade de morte...

A vantagem (sempre existe alguma) é acordar para a realidade e perceber que a nossa real importância é proporcional ao nível da necessidade das pessoas com as quais nos relacionamos. Se você tem "amigos" sabe o que estou dizendo.

Escolher fazer qualquer coisa pelos outros, esperando suprir a nossa própria carência de afeto e carinho, além de ser um equívoco gigante, é decepcionante, porque dificilmente você os terá. E nem agradecimento e muito menos reconhecimento.

Por isso é inteligente escolher fazer qualquer coisa em prol dos outros simplesmente pelo ato em si. Pode parecer egoísmo, talvez até seja, mas seguramente evita muita desilusão e cara de tacho, como adorava dizer os meus avós.

E falando em escolhas. Neste momento escolho ir para a minha cama. O texto tomou um rumo inexperado. Estou sem forças para domá-lo. Preciso dormir. Amanhã viajo a trabalho. Espero ter escolhido o vôo certo. Certo ou errado, eu escolhi.

2 comentários:

r a c h e l disse...

... eu também espero, gosto de te ler, viu? cai não! (rs)
e olha, às vezes as escolhas que fazemos servem simplesmente para nos mostrar o que não devemos fazer outra vez.

:*)
boa semana,

Anônimo disse...

Ale,

As pessoas são surpreendentes. Já desfiz amizades antigas mas também já fiz amigos de onde menos esperava. Na verdade, as pessoas são muito individualistas e estão ficando cada dia mais sozinhas, cada um olhando apenas para o próprio umbigo. Envelhecer tem isso. Quanto mais vivemos, mais conhecemos as pessoas, a vida, e os desencantos tbm são mais freqüentes.
Se cuida. my